Entrevista
Thorvardur Árnason e o sonho de levar a literacia
das alterações climáticas aos jovens islandeses
das alterações climáticas aos jovens islandeses
Publicado em 13/04/2015
Ensinar, pensar, investigar, fotografar, filmar, documentar. São verbos que ilustram o trabalho de Thorvardur Árnason. O islandês de 55 anos não hesitou em aceitar a parceria com o projeto Clima@EduMedia. Depois de fotografar o mesmo glaciar durante sete anos encontrou diferenças que o levaram a um maior foco no tema das alterações climáticas. Em entrevista falou-nos do seu trabalho e do sonho de levar à Islândia os ensinamentos da utilização dos média para envolver os jovens na aprendizagem desta temática e na criação de soluções para o futuro.
Quando é que começou a sua carreira como fotógrafo e documentarista?
Comecei como fotógrafo amador nos últimos anos da escola secundária. Comprei a minha primeira câmara quando tinha 20 anos e, depois disso, não havia como voltar atrás. Estive bastante focado na fotografia por cinco a seis anos, mas durante esse período fui ficando cada vez mais interessado em cinema. Nessa altura, tínhamos cinema em Reiquiavique e começámos a ver filmes de arte. Todos os anos havia um festival de cinema onde eram exibidos os melhores filmes de todo o mundo. Ao mesmo tempo, estava a estudar Biologia e alguns dos meus amigos estavam também muito interessados em cinema.
Um desses meus amigos tinha uma câmara de filmar e todos estes fatores aumentaram o meu interesse pela área do cinema e dos documentários. Terminei a minha licenciatura em Biologia e trabalhei durante alguns anos como professor. Fui por um ano dar aulas para o Gana, na África Ocidental, o que foi uma experiência muito importante e, depois dessa experiência, decidi tornar-me documentarista. Aos 29 anos fui aceite num curso de cinema na Universidade de Concórdia, em Montreal, no Canadá. O meu conceito sobre cinema mudou muito. Ao princípio queria fazer filmes baseados em narrativas. Mas, no Canadá, aprendi a fazer filmes experimentais e documentários e percebi, passado um tempo, que eram mais o meu estilo. Tenho, sobretudo, interesse em filmes híbridos.
Terminei esse curso em 1992, altura em que fui para São Francisco, nos Estados Unidos. Comecei a trabalhar na área da Filosofia Ambiental e foi dessa forma que tudo começou. Depois, como estava a fazer o meu doutoramento, não tinha tempo para a fotografia e cinema e, gradualmente, fui deixando de trabalhar nessa área. Em 2006, a minha vida deu uma grande reviravolta a propósito de um cargo que ocupei num pequeno centro de investigação pertencente à Universidade da Islândia, em Hornafjörður, no sudeste deste país.
Voltei a fazer fotografia e, de certa forma, rejuvenesci como artista visual. Comprei uma câmara de vídeo e comecei a trabalhar num documentário acerca de Hornafjörður (uma comunidade que fica no parque nacional onde se encontra o glaciar Vatnajökull). Gradualmente tornou-se o meu segundo trabalho e começou a ocupar os meus tempos livres, finais de dia, férias e todos os momentos em que consigo escapar e estar em contacto com a natureza. De certa forma, consigo, ao estar em contacto com a natureza, aproximar os meus dois mundos, como se fosse uma ponte, porque não faço só fotografia e vídeo,
faço-o na natureza e em contexto de investigação.
Comecei como fotógrafo amador nos últimos anos da escola secundária. Comprei a minha primeira câmara quando tinha 20 anos e, depois disso, não havia como voltar atrás. Estive bastante focado na fotografia por cinco a seis anos, mas durante esse período fui ficando cada vez mais interessado em cinema. Nessa altura, tínhamos cinema em Reiquiavique e começámos a ver filmes de arte. Todos os anos havia um festival de cinema onde eram exibidos os melhores filmes de todo o mundo. Ao mesmo tempo, estava a estudar Biologia e alguns dos meus amigos estavam também muito interessados em cinema.
Um desses meus amigos tinha uma câmara de filmar e todos estes fatores aumentaram o meu interesse pela área do cinema e dos documentários. Terminei a minha licenciatura em Biologia e trabalhei durante alguns anos como professor. Fui por um ano dar aulas para o Gana, na África Ocidental, o que foi uma experiência muito importante e, depois dessa experiência, decidi tornar-me documentarista. Aos 29 anos fui aceite num curso de cinema na Universidade de Concórdia, em Montreal, no Canadá. O meu conceito sobre cinema mudou muito. Ao princípio queria fazer filmes baseados em narrativas. Mas, no Canadá, aprendi a fazer filmes experimentais e documentários e percebi, passado um tempo, que eram mais o meu estilo. Tenho, sobretudo, interesse em filmes híbridos.
Terminei esse curso em 1992, altura em que fui para São Francisco, nos Estados Unidos. Comecei a trabalhar na área da Filosofia Ambiental e foi dessa forma que tudo começou. Depois, como estava a fazer o meu doutoramento, não tinha tempo para a fotografia e cinema e, gradualmente, fui deixando de trabalhar nessa área. Em 2006, a minha vida deu uma grande reviravolta a propósito de um cargo que ocupei num pequeno centro de investigação pertencente à Universidade da Islândia, em Hornafjörður, no sudeste deste país.
Voltei a fazer fotografia e, de certa forma, rejuvenesci como artista visual. Comprei uma câmara de vídeo e comecei a trabalhar num documentário acerca de Hornafjörður (uma comunidade que fica no parque nacional onde se encontra o glaciar Vatnajökull). Gradualmente tornou-se o meu segundo trabalho e começou a ocupar os meus tempos livres, finais de dia, férias e todos os momentos em que consigo escapar e estar em contacto com a natureza. De certa forma, consigo, ao estar em contacto com a natureza, aproximar os meus dois mundos, como se fosse uma ponte, porque não faço só fotografia e vídeo,
faço-o na natureza e em contexto de investigação.
É seu objetivo utilizar a fotografia e os documentários na sua investigação e como forma de comunicar as alterações climáticas?
O meu principal material de pesquisa é a fotografia em repetição. Há sete anos que fotografo um glaciar chamado Hoffellsjökull. Tiro uma fotografia, a partir do mesmo ponto, todos os meses. Ao longo desse tempo, tenho visto grandes mudanças.
Em primeiro lugar, esta atitude tem por objetivo perceber os meus próprios sentimentos e perceções do que está a acontecer, uma vez que não sou glaciologista.
Eu conheço a questão científica e sei o porquê de isto estar a acontecer, mas esse não é o meu campo de estudo. Estou interessado no que eu sinto, na forma como eu, como ser humano, perceciono o que estou a experienciar. As alterações climáticas são tão difusas, distantes e amorfas, que é muito difícil perceber a realidade do que está a acontecer.
O que faço é utilizar este material para o ensino e, até agora, tenho usado estas fotografias para ilustrar a realidade aos estudantes que me vêm visitar e aos quais faço visitas guiadas. São quatro ou cinco grupos de alunos que vêm todos os anos visitar o glaciar. Também utilizo este material várias vezes em palestras. Mostro o impacto das alterações climáticas. Isto permite-me ficar numa posição em que posso falar com alguma autoridade acerca desta temática. Não podemos tocar-lhes ou senti-las, mas continuam a ser reais.
O meu objetivo é terminar o meu documentário sobre Hornafjörður. Neste documentário, que comecei em 2009, utilizo imagens e palavras para transmitir o que aprendi acerca do glaciar.
“Os mais novos vão ter de descobrir as soluções”
Que perceção tem do projeto Clima@EduMedia? Quais são as suas expetativas?
Acho o projeto fantástico, bem como o conceito por detrás. As abordagens são modernas e creio que a World Wide Web pode vir a ser a nossa salvação uma vez que é um poderoso meio de comunicação. Através da Internet conseguimos chegar a todas as pessoas, não apenas com palavras, mas também com imagens, animações, filmes e músicas. Gosto da ideia de trabalhar com os mais novos, porque acho que, se houver esperança e se a tivermos, essa esperança está nos jovens.
Também é o futuro deles. Os meus filhos e netos é que vão ter de lidar durante mais tempo com estes problemas; mais do que a minha geração. Os mais novos são aqueles que vão ter de descobrir as soluções.
Podemos tentar envolvê-los mais. Gosto da ideia de não estarmos a ensiná-los; estamos a ensiná-los acerca de como eles podem aprender de forma autónoma. Com este projeto, estamos a dar-lhes capacidades que não são só importantes para aprender mais sobre as alterações climáticas, mas também para darem sentido às suas vidas, terem literacia mediática, pensamento crítico e saberem comunicar através de diferentes média.
Tenho grandes esperanças para este projeto. Acho que é muito visionário.
O meu principal material de pesquisa é a fotografia em repetição. Há sete anos que fotografo um glaciar chamado Hoffellsjökull. Tiro uma fotografia, a partir do mesmo ponto, todos os meses. Ao longo desse tempo, tenho visto grandes mudanças.
Em primeiro lugar, esta atitude tem por objetivo perceber os meus próprios sentimentos e perceções do que está a acontecer, uma vez que não sou glaciologista.
Eu conheço a questão científica e sei o porquê de isto estar a acontecer, mas esse não é o meu campo de estudo. Estou interessado no que eu sinto, na forma como eu, como ser humano, perceciono o que estou a experienciar. As alterações climáticas são tão difusas, distantes e amorfas, que é muito difícil perceber a realidade do que está a acontecer.
O que faço é utilizar este material para o ensino e, até agora, tenho usado estas fotografias para ilustrar a realidade aos estudantes que me vêm visitar e aos quais faço visitas guiadas. São quatro ou cinco grupos de alunos que vêm todos os anos visitar o glaciar. Também utilizo este material várias vezes em palestras. Mostro o impacto das alterações climáticas. Isto permite-me ficar numa posição em que posso falar com alguma autoridade acerca desta temática. Não podemos tocar-lhes ou senti-las, mas continuam a ser reais.
O meu objetivo é terminar o meu documentário sobre Hornafjörður. Neste documentário, que comecei em 2009, utilizo imagens e palavras para transmitir o que aprendi acerca do glaciar.
“Os mais novos vão ter de descobrir as soluções”
Que perceção tem do projeto Clima@EduMedia? Quais são as suas expetativas?
Acho o projeto fantástico, bem como o conceito por detrás. As abordagens são modernas e creio que a World Wide Web pode vir a ser a nossa salvação uma vez que é um poderoso meio de comunicação. Através da Internet conseguimos chegar a todas as pessoas, não apenas com palavras, mas também com imagens, animações, filmes e músicas. Gosto da ideia de trabalhar com os mais novos, porque acho que, se houver esperança e se a tivermos, essa esperança está nos jovens.
Também é o futuro deles. Os meus filhos e netos é que vão ter de lidar durante mais tempo com estes problemas; mais do que a minha geração. Os mais novos são aqueles que vão ter de descobrir as soluções.
Podemos tentar envolvê-los mais. Gosto da ideia de não estarmos a ensiná-los; estamos a ensiná-los acerca de como eles podem aprender de forma autónoma. Com este projeto, estamos a dar-lhes capacidades que não são só importantes para aprender mais sobre as alterações climáticas, mas também para darem sentido às suas vidas, terem literacia mediática, pensamento crítico e saberem comunicar através de diferentes média.
Tenho grandes esperanças para este projeto. Acho que é muito visionário.
Regressando à Islândia. Quais são os principais impactos das alterações climáticas no seu país?
São vários. A curto prazo, os mais visíveis são nos glaciares. Cerca de 10 por cento do nosso país é coberto por glaciares e um deles é o maior fora das regiões polares. Estes glaciares estão a desaparecer rapidamente. O nosso maior glaciar, Vatnajökull, é enorme e os cenários mais realísticos apontam para o seu desaparecimento total em 200 anos. É uma grande mudança.
Como estamos numa ilha, o mar tem um grande impacto no nosso país. Podemos esperar que algumas áreas costeiras sejam afetadas pela subida do nível do mar e por condições meteorológicas extremas.
Devido ao clima mais quente podemos esperar mudanças na vegetação, o que, de certa forma, até pode ser positivo, mas, por outro lado, temos espécies invasoras que podem aparecer e tornar-se um problema maior com o aquecimento.
O maior problema que estamos a atravessar é no ecossistema marinho. Já podemos ver algumas mudanças. Temos algumas espécies de peixes que são muito importantes para nós que são suscetíveis de se moverem mais para norte com o aquecimento da água do mar. Por outro lado, temos espécies que têm estado mais a sul que estão a mover-se para norte. Este facto está a causar problemas económicos e sociais.
Há alguns cenários. O clima que temos é mais quente do que deveria ser, porque temos água quente do oceano que vem do golfo do México e há uma corrente que vem da costa da Islândia e continua pela Noruega que é conhecido como corrente marítima do golfo.
Há também cenários que sugerem que o sistema de correntes oceânicas será tão fortemente afetado que a corrente do Golfo vai parar de vir até à Islândia, fazendo com que o aquecimento global se torne mais um arrefecimento global para nós. Ainda não é claro se vai acontecer.
“Se não educarmos os professores, como vamos educar os alunos?”
Qual deve ser a estratégia de comunicação com as escolas no que toca ao ensino das alterações climáticas?
No momento, acho muito importante a ideia da educação entre pares. A educação ambiental na Islândia está incluída nos currículos nas escolas de ensino obrigatório, integrada num número de diferentes disciplinas.
A intenção foi boa e pensaram nas alterações climáticas como um assunto importante que deveria estar ligado a outras áreas. Na prática, não foi bom, porque desapareceu. Os professores recebem uma formação muito limitada relativamente aos assuntos ambientais. Se não educarmos os professores, como vamos educar os alunos? Também acho que esta forma linear e hierárquica de aprender pode funcionar para alguns públicos, mas para ensinar sobre as alterações climáticas, que são tão globais e complexas, se conseguirmos arranjar uma forma de envolver diretamente os estudantes neste tema e deixá-los tentar encontrar soluções, poderá ser uma forma mais poderosa de mudar ideias e atitudes. É muito mais moderno. Desta forma, estamos a depositar confiança e responsabilidade nos alunos, porque sabemos que eles vão fazer bem as coisas. Se pudermos confiar neles, poderemos ter um futuro mais brilhante.
As pessoas da minha idade vivem num mundo muito diferente e esse mundo já não existe. Não podemos tentar integrar as nossas crianças nesse mundo. A realidade agora é outra. Tentamos ao máximo fazer parte dessa realidade, mas cabe aos mais novos tirar partido dela.
Qual é o seu contributo para o projeto Clima@EduMedia?
Pretendo contribuir com a minha experiência, com o meu conhecimento e com os materiais dos projetos em que participei. Pretendo estar em diálogo e ter feedback acerca do que estão a fazer. Para mim, vai ser uma importante experiência de aprendizagem e, se tudo correr bem, como eu espero, poderemos dar início a projetos como este na Islândia e em outras partes do mundo. Seria o meu sonho e gostaria de fazer algo a partir desta experiência. Delinear as boas práticas num manual e levar este projeto ao contexto da Islândia.
Aos poucos podemos criar uma comunidade global de jovens que têm as capacidades, os meios e a motivação para se educarem a eles próprios e entre eles sobre as alterações climáticas e sobre o que é necessário ser feito. Dessa forma, talvez possamos ter um futuro brilhante.
Texto de: Renata Silva
São vários. A curto prazo, os mais visíveis são nos glaciares. Cerca de 10 por cento do nosso país é coberto por glaciares e um deles é o maior fora das regiões polares. Estes glaciares estão a desaparecer rapidamente. O nosso maior glaciar, Vatnajökull, é enorme e os cenários mais realísticos apontam para o seu desaparecimento total em 200 anos. É uma grande mudança.
Como estamos numa ilha, o mar tem um grande impacto no nosso país. Podemos esperar que algumas áreas costeiras sejam afetadas pela subida do nível do mar e por condições meteorológicas extremas.
Devido ao clima mais quente podemos esperar mudanças na vegetação, o que, de certa forma, até pode ser positivo, mas, por outro lado, temos espécies invasoras que podem aparecer e tornar-se um problema maior com o aquecimento.
O maior problema que estamos a atravessar é no ecossistema marinho. Já podemos ver algumas mudanças. Temos algumas espécies de peixes que são muito importantes para nós que são suscetíveis de se moverem mais para norte com o aquecimento da água do mar. Por outro lado, temos espécies que têm estado mais a sul que estão a mover-se para norte. Este facto está a causar problemas económicos e sociais.
Há alguns cenários. O clima que temos é mais quente do que deveria ser, porque temos água quente do oceano que vem do golfo do México e há uma corrente que vem da costa da Islândia e continua pela Noruega que é conhecido como corrente marítima do golfo.
Há também cenários que sugerem que o sistema de correntes oceânicas será tão fortemente afetado que a corrente do Golfo vai parar de vir até à Islândia, fazendo com que o aquecimento global se torne mais um arrefecimento global para nós. Ainda não é claro se vai acontecer.
“Se não educarmos os professores, como vamos educar os alunos?”
Qual deve ser a estratégia de comunicação com as escolas no que toca ao ensino das alterações climáticas?
No momento, acho muito importante a ideia da educação entre pares. A educação ambiental na Islândia está incluída nos currículos nas escolas de ensino obrigatório, integrada num número de diferentes disciplinas.
A intenção foi boa e pensaram nas alterações climáticas como um assunto importante que deveria estar ligado a outras áreas. Na prática, não foi bom, porque desapareceu. Os professores recebem uma formação muito limitada relativamente aos assuntos ambientais. Se não educarmos os professores, como vamos educar os alunos? Também acho que esta forma linear e hierárquica de aprender pode funcionar para alguns públicos, mas para ensinar sobre as alterações climáticas, que são tão globais e complexas, se conseguirmos arranjar uma forma de envolver diretamente os estudantes neste tema e deixá-los tentar encontrar soluções, poderá ser uma forma mais poderosa de mudar ideias e atitudes. É muito mais moderno. Desta forma, estamos a depositar confiança e responsabilidade nos alunos, porque sabemos que eles vão fazer bem as coisas. Se pudermos confiar neles, poderemos ter um futuro mais brilhante.
As pessoas da minha idade vivem num mundo muito diferente e esse mundo já não existe. Não podemos tentar integrar as nossas crianças nesse mundo. A realidade agora é outra. Tentamos ao máximo fazer parte dessa realidade, mas cabe aos mais novos tirar partido dela.
Qual é o seu contributo para o projeto Clima@EduMedia?
Pretendo contribuir com a minha experiência, com o meu conhecimento e com os materiais dos projetos em que participei. Pretendo estar em diálogo e ter feedback acerca do que estão a fazer. Para mim, vai ser uma importante experiência de aprendizagem e, se tudo correr bem, como eu espero, poderemos dar início a projetos como este na Islândia e em outras partes do mundo. Seria o meu sonho e gostaria de fazer algo a partir desta experiência. Delinear as boas práticas num manual e levar este projeto ao contexto da Islândia.
Aos poucos podemos criar uma comunidade global de jovens que têm as capacidades, os meios e a motivação para se educarem a eles próprios e entre eles sobre as alterações climáticas e sobre o que é necessário ser feito. Dessa forma, talvez possamos ter um futuro brilhante.
Texto de: Renata Silva