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Mais nove municípios fazem parte de projeto
de adaptação local às Alterações Climáticas
Publicado em 16/04/2015
Para além dos 26 municípios que assinaram um protocolo de participação no projeto, outros nove também beneficiam neste momento do ClimAdaPT.Local, uma iniciativa que tem por objetivo auxiliar as autarquias a desenhar estratégias de adaptação às alterações climáticas. Entre estas cidades, que se puderam juntar até 15 de abril, estão, por exemplo, Vila do Conde e Esposende. O balanço é, até agora, positivo, segundo revelou Gil Penha-Lopes, coordenador do projeto, em entrevista ao Clima@EduMedia.
A missão principal é “capacitar os técnicos” das áreas do ordenamento do território e do ambiente de cada autarquia de competências para desenvolverem estratégias de adaptação às alterações climáticas. As formações começaram em janeiro e estão ainda a decorrer. O ClimAdaPT.Local aposta em formações trimestrais, acompanhando o desenvolvimento de cada município com o apoio de coordenadores regionais, especialistas na área das alterações climáticas.
“A última formação que houve foi no final do março, princípio de abril”, adianta. Num balanço do trabalho já realizado, Gil Penha-Lopes adianta que nesta formação os “municípios já apresentaram um trabalho da análise das vulnerabilidades atuais”. “Cheias nos municípios com grandes áreas urbanas, secas prolongadas nas zonas rurais, processos de desertificação quer ecológica quer urbana, ondas de calor”, enumera. Há também algumas medidas de adaptação em curso, neste caso relacionadas com as zonas costeiras. Gil Penha-Lopes deu como exemplo o município de Ílhavo: “sei que vários processos estão a ser implementados para diminuir o risco de inundação, do galgamento do mar, por causa das tempestades mais intensas, etc.”.
O docente e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa diz ainda que, na mais recente formação ministrada, a nível regional, se procurou explicar os cenários que existem para Portugal até ao final do século. “Nestas formações fornecemos uma série de manuais e guias para os municípios utilizarem para elaborarem um relatório sobre a sua perceção da vulnerabilidade futura, mediante os cenários apresentados”, explica. “Este material serve, também, para poderem escrever um relatório sobre a vulnerabilidade futura e iniciarem uma identificação das opções de adaptação às alterações climáticas e da sensibilidade para os impactos”, acrescenta. O objetivo “é que os municípios percebam que vantagens vão tirar de algumas alterações do clima nos próximos anos”.
Ferramentas para a captação de financiamento para as medidas de adaptação
Quando questionado relativamente à implementação das medidas, explica que o ClimAdaPT.Local não ambiciona, no tempo do projeto, a concretização de cada uma delas. O projeto pretende dar ferramentas para que exista uma melhor justificação das formas de adaptação às alterações climáticas de modo a que as medidas consigam mais facilmente captar financiamento. “Irão estar disponíveis financiamentos para implementação das medidas de adaptação”, garante.
O ClimAdaPT.Local tem também como atividades a dinamização de uma página na Internet, de uma plataforma de interação entre os técnicos municipais, e de várias estratégias de comunicação e de disseminação. Sobre este último aspeto, Gil Penha-Lopes reforça que, por si só, já é uma medida de adaptação e que os próprios municípios já solicitam a ida às escolas por parte de especialistas do projeto.
No que diz respeito à divulgação da iniciativa e dos conceitos de adaptação e de mitigação das alterações climáticas estão previstas parcerias com meios de comunicação social e programas de divulgação da ciência, assim como workshops para jornalistas sobre esta temática.O projeto ClimAdaPT.Local tem até 30 de abril de 2016 para cumprir os objetivos propostos. Nessa data, já todos os municípios terão desenhado e apresentado as estratégias de adaptação às alterações climáticas para a localidade.
O projeto ClimAdaPT.Local está integrado no Programa AdaPT, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente, IP, enquanto gestora do Fundo Português de Carbono (FPC), no valor total de 1,5 milhões de euros, cofinanciado a 85% pelo EEA Grants e a 15% pelo Fundo Português de Carbono (FPC).
Texto de: Renata Silva
“A última formação que houve foi no final do março, princípio de abril”, adianta. Num balanço do trabalho já realizado, Gil Penha-Lopes adianta que nesta formação os “municípios já apresentaram um trabalho da análise das vulnerabilidades atuais”. “Cheias nos municípios com grandes áreas urbanas, secas prolongadas nas zonas rurais, processos de desertificação quer ecológica quer urbana, ondas de calor”, enumera. Há também algumas medidas de adaptação em curso, neste caso relacionadas com as zonas costeiras. Gil Penha-Lopes deu como exemplo o município de Ílhavo: “sei que vários processos estão a ser implementados para diminuir o risco de inundação, do galgamento do mar, por causa das tempestades mais intensas, etc.”.
O docente e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa diz ainda que, na mais recente formação ministrada, a nível regional, se procurou explicar os cenários que existem para Portugal até ao final do século. “Nestas formações fornecemos uma série de manuais e guias para os municípios utilizarem para elaborarem um relatório sobre a sua perceção da vulnerabilidade futura, mediante os cenários apresentados”, explica. “Este material serve, também, para poderem escrever um relatório sobre a vulnerabilidade futura e iniciarem uma identificação das opções de adaptação às alterações climáticas e da sensibilidade para os impactos”, acrescenta. O objetivo “é que os municípios percebam que vantagens vão tirar de algumas alterações do clima nos próximos anos”.
Ferramentas para a captação de financiamento para as medidas de adaptação
Quando questionado relativamente à implementação das medidas, explica que o ClimAdaPT.Local não ambiciona, no tempo do projeto, a concretização de cada uma delas. O projeto pretende dar ferramentas para que exista uma melhor justificação das formas de adaptação às alterações climáticas de modo a que as medidas consigam mais facilmente captar financiamento. “Irão estar disponíveis financiamentos para implementação das medidas de adaptação”, garante.
O ClimAdaPT.Local tem também como atividades a dinamização de uma página na Internet, de uma plataforma de interação entre os técnicos municipais, e de várias estratégias de comunicação e de disseminação. Sobre este último aspeto, Gil Penha-Lopes reforça que, por si só, já é uma medida de adaptação e que os próprios municípios já solicitam a ida às escolas por parte de especialistas do projeto.
No que diz respeito à divulgação da iniciativa e dos conceitos de adaptação e de mitigação das alterações climáticas estão previstas parcerias com meios de comunicação social e programas de divulgação da ciência, assim como workshops para jornalistas sobre esta temática.O projeto ClimAdaPT.Local tem até 30 de abril de 2016 para cumprir os objetivos propostos. Nessa data, já todos os municípios terão desenhado e apresentado as estratégias de adaptação às alterações climáticas para a localidade.
O projeto ClimAdaPT.Local está integrado no Programa AdaPT, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente, IP, enquanto gestora do Fundo Português de Carbono (FPC), no valor total de 1,5 milhões de euros, cofinanciado a 85% pelo EEA Grants e a 15% pelo Fundo Português de Carbono (FPC).
Texto de: Renata Silva