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Clima em Direto: Ana Neves

em resposta às escolas


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Foto: Clima@EduMedia
A conferência "Clima em Direto: Água" decorreu no dia 15 de abril na Escola Secundária Clara de Resende, no Porto e contou com a participação, através da transmissão em live streaming, de dezenas de escolas um pouco por todo o país. No intervalo da conferência, recebemos em direto diversas questões a colocar aos oradores, após as suas intervenções. Ana Neves foi uma das oradoras convidadas para o evento e abordou, junto dos alunos do Ensino Básico e Secundário, a eficiência hídrica de edifícios.

Aqui estão as respostas às questões colocadas pelos 'jornalistas júniores' das escolas participantes na conferência:

Escola Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves (Vila Nova de Gaia): Quais as melhores formas de pouparmos água nas escolas?

Julgo que antes de mais se deve começar pela sensibilização dos colegas, professores e funcionários da escola para a poupança deste recurso, principalmente se a escola não puder investir em novos equipamentos sanitários. Diminuir o volume da descarga do autoclismo, através da colocação de uma garrafa de água lá dentro é, por exemplo, algo que pode ser sugerido à equipa de manutenção da escola. Verificar se a torneira não ficou aberta ou o autoclismo a pingar, depois de os utilizarem. Não abrir a torneira “no máximo”. Sempre que detetarem uma fuga de água, avisar logo um funcionário da escola. Estes são alguns exemplos simples, no fundo regras de bom senso, que não implicam a aquisição de novos equipamentos com menores consumos.
 
Agrupamento de Escolas de Vendas Novas: Qual é a possibilidade de se utilizar a água salgada para os autoclismos?

Creio que se trata de uma possibilidade muito remota no nosso país.
 
Escola Profissional Profitecla (Braga): É necessário algum tratamento especial para a reutilização das águas cinzentas?


É sempre necessário tratamento para a sua reutilização, muito embora a sua complexidade dependa do uso que se pretende dar a esta água, existindo para o efeito diferentes tipos de tecnologias.
 
EB 2,3 de Paços de Brandão:
Porque é que, hoje em dia, não é obrigatória a utilização de projetos para a reutilização da água na construção das novas casas?

Porque ainda se trata de uma tecnologia bastante dispendiosa, principalmente se estivermos a falar de edifícios unifamiliares, acabando muitas vezes pela poupança de água não compensar economicamente.
 
Escola Secundária do Castêlo da Maia: Qual o custo aproximado da instalação de um sistema de reutilização da água numa habitação?

Depende muito dos volumes diários que se pretendem tratar e do tipo de tratamento pretendido, que também depende do uso que se pretende dar a esta água. Mas andará sempre na ordem dos milhares de euros, não se devendo ignorar os custos de instalação do sistema, associados à energia e os relacionados com a manutenção de todo o sistema.
 
 
Escola Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves (Vila Nova de Gaia): Como é que poderemos mostrar às pessoas que é necessário mudar os seus hábitos?

É preciso reforçar a ideia de que a água está a tornar-se num bem escasso e que não é um recurso natural ilimitado, como muitas vezes se pensa. Que está sujeita a cada vez mais pressões, pelo que é necessária uma atitude de conservação e utilização racional deste bem. Frisar que por vezes basta alterarem-se pequenos hábitos diários, sem reduzir o conforto, para se pouparem centenas de litros de água por mês.

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Foto: Steve Johnson/ Flickr
Escola Básica António Alves Amorim (Lourosa): Porque razão estão os jovens, 13/14 anos, pouco sensibilizados para o problema da água? 

Muito provavelmente por estarem habituados a ver jorrar água, sempre que abrem a torneira. Mas basta que o sistema de abastecimento de água público falhe, nem que seja por meia hora, na “hora do banho”, para se compreender a falta que ela faz. De resto, julgo que o papel das escolas no sentido de alertar para a poupança de água é importante, e pode ser sempre reforçado (desde as idades mais jovens), um pouco à semelhança do que já vem sendo feito com a separação dos resíduos sólidos.
 
Escola Secundária Quinta do Marquês (Oeiras): Haverá possibilidade de um eventual  conflito bélico devido à escassez de água, nos próximos 50 anos?

A falta de água já afeta uma série de países, como o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. O aumento da população e do seu nível de consumo, agravados pelo efeito das alterações climáticas e o descuido em relação a este recurso, muitas vezes visto como ilimitado, fazem com que o foco de tensão sobre a água aumente. Além disso, o facto da água apresentar uma distribuição espacial desigual, mesmo nos países com grandes reservas de água doce superficial, vem ainda agravar esta situação. Se a isto se juntar o facto de países/regiões terem de partilhar os seus principais rios e lagos comuns, percebe-se que entrando-se em desacordo sobre a repartição destes bens comuns, a situação pode tornar-se ameaçadora. Por isso se diz que no século presente, as guerras poderão não ser deixar de ser por razões políticas ou pela posse de petróleo, como até agora, mas devido à água. O artigo http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-agua-e-motivo-de-guerra-24397596 é interessante sobre este tema.

VER GRAVAÇÃO DA CONFERÊNCIA CLIMA EM DIRETO "Água"
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